A produção do petróleo se inicia pela perfuração do poço que vai permitir a retirada do óleo dos reservatórios localizados no subsolo, sendo que alguns deles encontram-se a mais de 5000 metros de profundidade.

Estes poços são perfurados com diâmetros que podem atingir até 1 metro, o que produz uma grande quantidade de material oriundo dessa perfuração, conhecido como cascalho de perfuração.

Esse material normalmente está contaminado com elementos característicos da formação geológica, por exemplo, sais das camadas do chamado pré-sal, pelos fluidos de perfuração e o próprio petróleo.

É importante salientar também que a produção de petróleo de um campo é mantida pela instalação continua de novos poços, com intuito de conectar novas áreas do reservatório e facilitar a extração do óleo. Isso significa que a produção de cascalho em um campo de petróleo é continua, com viés de aumento quando os campos vão se tornando maduros. O cascalho de perfuração é hoje um dos principais resíduos da indústria de produção do petróleo, tanto em terra quanto no mar.

Com participação expressiva nesse segmento de atividades a Enfil tem aplicado recursos consideráveis na pesquisa e desenvolvimento de um processo para inertização desses cascalhos de forma a facilitar seu manuseio, transporte e destinação final.

O processo desenvolvido pela Enfil é conteinerizado e pode ou deve ser instalado junto a sonda de perfuração. É um processo de lavagem com utilização de produtos específicos para facilitar a separação dos contaminantes da parte sólida do cascalho. É importante citar que estes contaminantes são os fluidos de perfuração e sais que podem ser reutilizados.

O cascalho lavado é 95% caracterizado como inerte e 5% como não inerte mas não perigoso, ficando a carga de poluentes na corrente liquida que é reutilizada.